Sucesso = Stakeholders Felizes! | Como obter apoio e engajar as partes interessadas nos projetos?
Gerenciar projetos não é fácil. Isso não é novidade. Você que já participou de algum projeto sabe que as chances de fracasso são altas. Conflitos, problemas de comunicação, atrasos no cronograma, escopo mal definido, orçamento subestimado, falta de recursos, gestão de mudanças…
Principais causas de fracasso em projetos | ||
Metas e objetivos mal estabelecidos | Falta de conhecimento de pontos chaves do projeto | Tempo insuficiente para o planejamento do projeto |
Falta de coordenação entre as partes | Os envolvidos não possuem habilidades | Expectativas não alinhadas com a realidade do projeto |
Objetivos mudaram com o andamento do projeto | Falta de participação da equipe na tomada de decisões | O treinamento e capacitação inadequados |
Papéis e responsabilidades mal definidos | Requisitos inadequados ou vagos | Riscos elevados no meio ambiente |
Mudança na estrutura organizacional da empresa | Prazos e tarefas irrealistas | Mudanças na tecnologia disponível |
Falha de comunicação | Insuficiência de recursos | Evolução nos preços e prazos |
Cenário político-econômico desfavorável | As estimativas de custo e cronograma são errôneas | Pouca compreensão da complexidade do projeto |
O sistema de controle inadequado | Falta de liderança do gerente de projeto | As estimativas financeiras são pobres e incompletas |
Os sinais de alerta do projeto foram ignorados | Falha no controle de desempenho | Más decisões |
Falta de motivação do time e dos interessados | Falta de apoio dentro da organização | Falta de entendimento do escopo do projeto |
Scope creep – Crescimento desordenado do escopo | Falta de patrocínio | Excesso de otimismo |
Pensar que o planejamento é perda de tempo | Processo de gestão de mudança inexistente ou pobre | Recursos inadequados |
Quadro 1 – Principais causas de fracasso em projetos.
Fonte: Adaptado de VARGAS (2013) e MELO (2012) por Luanildo Silva.
Existem muitas causas de fracasso em projetos (veja também: Chaos Report, .PDF e PM Survey). Não supreende que também existam vários livros sobre como recuperar projetos problemáticos (Rescue Problem Project, Project Recovery, e outros…).
O fato é que prevenir ou enfrentar causas de fracasso são medidas reativas. Uma abordagem proativa é gerenciar e maximizar as causas de sucesso.
Envolver e engajar as partes interessadas aumenta
as chances de sucesso dos projetos.
O grande problema é que existe um círculo vicioso que prejudica o gerenciamento efetivo das partes interessadas. Em primeiro lugar, temos poucos estudos de caso sobre stakeholders em projetos. Em segundo lugar, temos pouco conhecimento sobre a Teoria de Stakeholders. Em terceiro lugar, temos poucas diretrizes para gerenciar os stakeholders. Consequentemente, muitos gestores de projetos desconhecem e / ou aplicam mal as práticas de gerenciamento das partes interessadas. Os resultados, obviamente, são ruins. Isso leva os gestores a investirem cada vez menos tempo no gerenciamento dos stakeholders.
Um grande mito precisa ser quebrado: Gerenciamento das Partes Interessadas não é apenas soft skills. Isto é, não basta dar tapinha nas costas dos membros da equipe nem fazer happy hour com cliente e patrocinador. Existem hard skills no gestão de stakeholders. Existem processos, ferramentas e técnicas. Existem melhoras práticas baseadas em sólida teoria de stakeholders.
Em 2012-2013, eu escrevi a primeira versão do framework Managing Stakeholders as Clients (Veja artigo da Revista MundoPM e Prêmio Projeto do Ano). Trata-se de uma nova abordagem cujo objetivo é gerenciar para os stakeholders. Coincidentemente, dois anos depois o Guia PMBOK 5a edição incorporou a nova área de conhecimento Gerenciamento das Partes Interessadas.
Managing Stakeholders as Clients tem sido aplicado por diferentes organizações ao redor do mundo. O prêmio Harold Kerzner 2014 do PMI é um reconhecimento de seus resultados e contribuição para o avanço da prática de gerenciamento de projetos.
O workshop Managing Stakeholders as Clients já foi realizado em países como Costa Rica, Estados Unidos e Canadá. No dia 31 de março de 2015, você terá a chance de conhecer melhor esse framework revolucionário na primeira edição do workshop no Brasil, organizado pela Revista MundoPM.