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::: Blog MPM

Perspectivas para 2012 – Parte I

05 12 2011
Mercado em 2012

Mercado em 2012

O momento brasileiro é e ainda será nos próximos anos extremamente promissor para os profissionais em gestão de projetos, 2012 reserva um ano de grandes perspectivas em todos os aspectos, construção, serviços e bens de consumo.

As obras para os estádios da copa continuarão a todo vapor, assim como obras para as olimpíadas no Rio. Veremos o mercado automobilístico querendo recuperar o posto de quarto maior consumidor de carros do mundo. E Petrobras, OGX e todas as empresas do setor de petróleo e gás investindo rios de dinheiro para maximizar suas reservas e desenvolver o pré-sal.
Se ainda não bastasse todo esse investimento, veremos o governo brasileiro atuando no mercado ao menos 2 ou 3 vezes em 2012 para continuar a expansão da demanda interna, assim como veremos o Banco Central continuar a sua tragetória de redução da taxa básica de juros da economia (SELIC).

Mas nem tudo são flores, o profissional especializado e capacitado será muito exigido e terá um papel fundamental para assumir essas funções e ainda balisar, trabalhando com o melhor aproveitamento do tripé: Escopo, Tempo e Custo. Sendo a qualidade tendo como papel fundamental para garantir as melhores entregas, maximizando os resultados.

No último mês de 2011 observamos o governo novamente agindo no mercado. Assim como fizera alguns meses antes anunciando cortes das despesas e aumentando o Superávit Primário (economia que o governo e os estados fazem para pagar a dívidas) possíbilitando assim que o Banco Central (BC) tivesse munição para iniciar uma tragetória de redução da taxa básica de juros da economia (SELIC), diga-se de passagem que o Brasil é um dos únicos países do mundo que trabalha com Superávit Primário. Muitos economistas e especialistas naquele momento acreditaram que o BC agiu erradamente e teve forte influência do governo, o que não foi verdade e se mostrou uma decisão extremamente acertada nos meses em que se seguiram com o agravamento da crise na zona do EURO, cada vez mais próxima do país assim como o reaquecimento ainda tímido da economia americana. Aliás, o governo chinês também tem demonstrando preocupação com a sua economia interna.

Com todo esse cenário externo iniciamos o ano de 2012 com uma SELIC a 11%a.a. que assim podemos dizer (avaliando somente o cenário de juros) que nossos projetos e investimentos devemos no mínimo trazer um retorno superior a 11%a.a. por que, caso contrário será mais vantajoso investir em renda fixa que possui baixo risco à investir em projetos que já nascem com risco associados.

Então é que assim começará a percepção do profissional e especialista no ano de 2012, oferecendo no mínimo aos seus clientes algo superior que o governo oferece a um risco baixo.

Entretanto, com a trajetória de redução que o BC sinaliza, fica também mais fácil obter empréstimos no mercado financeiro, que deverá viabilizar projetos que até então não tinham atratividade econômica.

Para a Associação Nacional dos Executivos de Finanças, Administração e Contabilidade (Anefac), a redução faz com que os juros comerciais cheguem a 5,40%, o do cartão de crédito a 10,65%, o cheque especial em 8,17%, o financiamento de veículos a 2,12%, os empréstimos para Pessoas Físicas em 4,27% e o empréstimo para Pessoa Financeira em 8,72%. No geral a taxa média deverá atingir 6,56% ao mês.

A Confederação Nacional da Indústria (CNI) concordou com a redução da inflação dos juros para 11% ao ano, já que é preocupante o curso das atividades econômicas do País. Em nota, a CNI enfatizou que não há mais dúvida de que a economia brasileira já sofre os efeitos de uma nova fase da crise internacional, e que a prioridade, agora, deve ser no sentido de reduzir os impactos no Brasil.

Para a entidade, a antecipação à nova fase da crise, o Copom adota uma postura diferente da tomada em 2008, considerada tímida e a continuidade da política de redução de juros é fundamental para amenizar a retração da produção industrial, setor mais afetado pela crise econômica.

Mas precisamos lembrar ainda que vários são os reajustes já programados para 2012, como o aumento do salário mínimo, e a previsão do Índice de Preços ao Consumidor Amplo (IPCA) para próximo ao teto 6,5% da meta anual de inflação 4,5%, não devem ser ignorados para o cenário inflacionário acrescentando que a situação exige maior comprometimento da política fiscal, de forma a equilibrar a queda dos juros com a redução dos gastos públicos, com foco no superávit primário.

A Federação das Indústrias do Estado de São Paulo (Fiesp), o Sindicato dos Metalúrgicos de São Paulo, o Sindicato dos Metalúrgicos do ABC e a Associação Brasileira da Indústria de Máquinas e Equipamentos (Abimaq), fizeram um alerta sobre a queda da produção manufatureira no País. “A situação é grave e não há pressão inflacionária, e concordamos em que o Copom deveria ter feito um corte mais agressivo na taxa de juros, para afastar de vez o risco de redução da produção e do emprego.

A produção manufatureira no Brasil teve queda de 2% em setembro/11 ante agosto/11, e encerrou o terceiro trimestre de 2011 com recuo de 0,8% em relação ao segundo – a maior queda desde o primeiro trimestre de 2009, quando foi registrada redução de 6,6%.

Além disso, o comércio varejista apresentou contração de 0,7% no terceiro trimestre de 2011 em relação ao segundo e que “o mercado de trabalho e o crédito também exibem sinais de esfriamento”.

Foi devido a esses cenários e números coletados no último trimeste de 2011 comprovando a desaceleração da economia Brasileira que forçou o governo a anúnciar um pacote de estímulo a  atividade, repetindo fórmula usada no passado recente. O ministro da Fazenda, Guido Mantega, anunciou no final de 2011 um pacote que inclui desonerações de R$ 2,73 bilhões até dezembro de 2012, sem contar o Reintegra, de R$ 4,46 bilhões – valor que já havia sido considerado no anúncio do Plano Brasil Maior.

Ministro Guido Mantega

Ministro Guido Mantega

Outro estímulo ao consumo foi a redução de 3% para 2,5% ao ano da alíquota de Imposto sobre Operações Financeiras (IOF), para o crédito às pessoas físicas. Trata-se de mais uma contribuição para reduzir o alto custo financeiro do país. Diante do estreitamento do crédito no exterior, o governo abriu um pouco as brechas ao capital externo. Zerou a alíquota do IOF ( antes de 2%) sobre aplicações de não-residentes na bolsa de valores com o intuito de “ajudar a financiar as empresas brasileiras”.

Assim o governo espera que o consumo interno continue aquecendo a economia que novos investimentos estrangeiros cheguem. Portanto a demanda por produtos com qualidade e melhores processos de fabricação são cada vez mais solicitados, por isso um profissional especializado em melhoria de processos será cada vez valorizado. Assim como os profissionais de projetos e planejamento que avaliam a viabilidade econômica dos projetos, esses números devem fazer parte do dia a dia de seus projetos, o não reconhecimento deles podem significar o fracasso do projeto.

Referências:

NN Notícias : www.nn.com.br

Blog do Planalto: blog.planalto.gov.br

Por: Vitor Vargas

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