Menu
Esqueceu a senha? Fazer cadastro

::: Blog MPM

Guia PMBOK 5a edição

07 03 2012

A 5a edição do Guia PMBOK, referência em melhores práticas de gerenciamento de projetos, já está disponível para revisão no site do PMI.

Já velho conhecido nosso, o Guia PMBOK chega a ser confundido com gerenciamento de projetos e até com gerente de projetos. Alguns chamam de “metodologia do PMI”, outros dizem que vão implantar o PMBOK ou então que desejam contratar um gerente de projetos formado em PMBOK.

Bem, o Guia PMBOK compila um conjunto de práticas em gerenciamento de projetos amplamente reconhecidas e utilizadas. Sua primeira edição foi publicada em 1996, dando forma à disciplina de gerenciamento de projetos, criando um vocabulário próprio e buscando identificar as melhores práticas na área.

O Guia PMBOK é, portanto, um guia. Não é uma metodologia, não provê um passo-a-passo para gerenciar projetos. Ele apenas categoriza as melhores práticas em grupos de processos, áreas do conhecimento e processos com suas respectivas entradas, saídas, ferramentas e técnicas.

Cada organização pode criar sua própria metodologia alinhada ao Guia PMBOK, se quiser. Existem outras metodologias, obviamente, como PRINCE2. A Methodware é uma metodologia alinhada com o Guia PMBOK, por exemplo.

Tanto no Guia PMBOK 4a edição quanto na 5a edição, temos cinco grupos de processos:

  • Grupo de Processos de Iniciação: definir e autorizar projeto ou fase
  • Grupo de Processos de Planejamento: detalhar e planejar projeto
  • Grupo de Processos de Execução: reunir pessoas, recursos e executar o plano de projeto
  • Grupo de Processos de Monitoramento e Controle: controle de mudanças, monitorar e acompanhar riscos e o desempenho do projeto
  • Grupo de Processos de Encerramento: encerrar formalmente o projeto, aquisições e liberar recursos
Figura 1 - Grupo de Processos
Figura 1 – Grupo de Processos

Cada grupo de processo possui seus processos específicos, que estão divididos em áreas do conhecimento. No Guia PMBOK 4a edição, temos 9 áreas do conhecimento e 42 processos.

Figura 2 – Fluxo de processos de acordo com o Guia PMBOK 4a edição
Figura 2 – Fluxo de processos de acordo com o Guia PMBOK 4a edição
Figura 3 – Processos do Guia PMBOK 4a edição divididos por grupos de processos e áreas do conhecimento.
Figura 3 – Processos do Guia PMBOK 4a edição divididos por grupos de processos e áreas do conhecimento.

O Guia PMBOK 5a edição inovou trazendo a área Gerenciamento das Partes Interessadas. Além disso, agora teremos 47 processos, em vez de 42 da edição anterior. Para quem já estava familiarizado com a 4a edição, as mudanças foram as seguintes:

  • Os processos “10.1 Identificar Riscos” e “10.3 Gerenciar Expectativas das Partes Interessadas” saíram da área de Comunicação para a nova área Partes Interessadas (13.1 e 13.3)
  • Foram introduzidos cinco novos processos:
    • 5.1 Planejar Gerenciamento do Escopo
    • 6.1 Planejar Gerenciamento do Tempo
    • 7.1 Planejar Gerenciamento do Custo
    • 13.1 Planejar Gerenciamento das Partes Interessadas
    • 13.4 Monitorar Envolvimento (ou engajamento) das Partes Interessadas

Como ainda não saiu a versão oficial do Guia PMBOK 5a edição, que está em revisão, pode haver alguma alteração. Além disso, a tradução dos novos processos também não é oficial, já que o draft por enquanto é apenas em inglês.

Figura 4 – Fluxo de processos de acordo com o Guia PMBOK 5a edição
Figura 4 – Fluxo de processos de acordo com o Guia PMBOK 5a edição
Figura 5 – Processos do Guia PMBOK 5a edição divididos por grupos de processos e áreas do conhecimento.
Figura 5 – Processos do Guia PMBOK 5a edição divididos por grupos de processos e áreas do conhecimento.

O Guia PMBOK 5a edição traz ainda o conceito de agregar valor, reforçando a importância de gerenciar os benefícios dos projetos para a organização, assunto intimamente relacionado com o gerenciamento de portfólio e com o planejamento estratégico. Afinal, os objetivos estratégicos, em grande parte, são atingidos por meio da execução de projetos

Por outro lado, existem os aspectos operacionais e a função do GP, às vezes um pouco limitados à visão intra-projeto, o que nos levará a uma outra discussão no post da próxima semana: estratégia, execução e o papel do gerente de projetos.

::: Autor do post