Grateful Leadership – Gratidão
Em posts anteriores, discutimos um pouco sobre ética em gerenciamento de projetos e também de uma forma geral. No penúltimo post, falávamos sobre “pensar como um gerente de projetos“, gerenciamento contingencial, experiência vs conhecimento, e sobre a questão dos stakeholders. Para encerrar essa sequência de posts sobre soft skills, vamos nos aprofundar em uma característica muito importante do líder atual: gratidão ou reconhecimento.
Essas características do líder permitem criar um ambiente de reforço positivo, como proposto por Karen Pryor ao estudar o comportamento humano de maneira inovadora. Ela nos traz valiosas lições sobre o gerenciamento de stakeholders:
• Os princípios do método revolucionário “clicker training”;
• 8 métodos de acabar com hábitos indesejáveis ou modificar atitudes;
• As 10 leis de “moldar” comportamento usando a abordagem de “treinamento pelo carinho”;
• Dicas para o relacionamento interpessoal; e,
• Explorando novos usos interessantes para treinamento de reforço.
Na semana passada, tive a oportunidade de assistir a uma palestra da Judith Umlas, autora do livro Grateful Leadership e do site http://www.gratefulleadership.com/
Judith defende veementemente a importância do reconhecimento como uma ferramenta de motivação extrínseca poderosa. Isto é, podemos motivar as pessoas reconhecendo o que elas fazem bem.
Judith tem a preocupação de moldar líderes para o futuro. Um líder que deve ser respeitado pelo seu comportamento. Entretanto, não basta que ele seja um bom exemplo, é extremamente importante que ele reconheça as conquistas e os resultados alcançados por seus liderados e por quaisquer outras partes interessadas com as quais se relacione.
“Nunca desencoraje alguém que está fazendo progresso, não importa o quão lentamente.” -Platão
(Never discourage anyone…who continually makes progress, no matter how slow. -Plato)
A seguir, temos alguns conselhos da Judith Umlas sobre a Liderança pela Gratidão (Grateful Leadership):
Figura – Grateful Leadership na Prática
Judith defende que as pessoas precisam se sentir valorizadas por suas contribuições, e a construção de uma cultura de valorização e reconhecimento é um método simples, de baixo custo que as empresas podem implementar e manter para manter as pessoas envolvidas e capaz de alcançar o equilíbrio entre trabalho e vida que eles buscam em suas vidas.
Líderes que reconhecem os dons e talentos especiais que as pessoas trazem para a equipe e para a organização criam esse ambiente de reconhecimento e valorização que permite atingir resultados extraordinários. Judith acrescenta que, para liderar com gratidão, é preciso ter a coragem de aprender, a visão de liderar e a paixão de crescer.
Para termos uma idéia do poder dessa característica da liderança, em uma pesquisa da McKinsey Quarterly, os entrevistados identificaram três motivadores:
- Elogio e reconhecimento por parte dos gerentes imediatos;
- Atenção da liderança e disponibilidade para conversas; e,
- Oportunidades de liderar projetos ou grupos de trabalho
Esses três fatores, segundo a pesquisa, são mais poderosos e duradouros em motivar as pessoas do que os incentivos financeiros.
Na próxima semana, vamos conversar sobre gerenciamento de custos em projetos e sobre quais os conhecimentos de administração financeira essenciais para um gerente de projetos. Até lá!