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Design Thinking e projetos de inovação

17 04 2015

Figura Lâmpada_blogUm dos grandes desafios das empresas e gestores é desbravar o caminho tortuoso da inovação e assim criar novos produtos, serviços e experiências que encantem os clientes e usuários.

No ritmo em que a tecnologia e o modo de consumo estão atualmente, a inovação passou a ser um dos tópicos mais comentados e relevantes para as agendas dos executivos. Todas as empresas querem inovar porém poucas conseguem de forma efetiva e sustentável. No fundo os objetivos são dois: i) entender como a inovação pode contribuir para que o sucesso e bom desempenho do negócio sejam perenes; ii) como fazer.

A complexidade desses dois objetivos se dá por conta de não haver uma única receita. Existem recomendações gerais que podem ser úteis para qualquer negócio e existem diversos modelos e abordagens disponíveis para serem adaptados. Porém, não podemos deixar de se preocupar em como tais mudanças serão implementadas e considerar o contexto organizacional; as pessoas, a cultura, as competências disponíveis, ou seja, a sua realidade, que precisa ser considerada em qualquer que seja a transformação.

Quando se fala em projetos, de produto, serviços ou uma combinação dos dois, em muitas organizações parte-se do pressuposto que o problema que o projeto irá resolver está claro. Resta então definir “como” resolver o problema. Parece fácil, mas não é. É por isso que muitos produtos e serviços não resultam no sucesso projetado pela organização, pois há um desalinhamento entre o que se deseja (ou o problema) e o que foi entregue. Esse é um dos motivos pelos quais eu entendo que a inovação é um processo iterativo e contínuo de aprendizado. É normal inclusive ter fracassos, e para muitas organizações essa é uma das melhores formas de aprendizado quando se deseja construir algo de impacto e diferenciado.

O fracasso, no entanto, pode custar caro. É por isso que um dos princípios de empresas inovadoras é fracassar o quanto antes, de forma barata, pois o que se busca na verdade é a validação de hipóteses, suposições construídas acerca de um problema. Por isso, se o time de projeto está no caminho errado, é preciso identificar o quanto antes o que está errado, corrigir o curso e começar de novo. Algumas abordagens gerenciais e de desenvolvimento contemplam este princípio.

Desse modo, algo que é inquestionável é a contínua busca de conhecimento sobre práticas, técnicas e ferramentas, ou seja, abordagens de “como fazer” que estão disponíveis e que estão em constante evolução. Isso é particularmente importante para profissionais envolvidos em projetos, quer seja de inovação radical ou incremental. Mas não é só isso. Pesquisando inovação ao longo dos últimos anos ficou evidente que não se trata apenas de processo, técnicas ou ferramentas. Para que a inovação realmente aconteça e se torne um “hábito” é preciso mudança cultural, comportamental, ou seja, uma revisão do “mindset”. Isso tudo é contextual e vai depender de empresa para empresa. É por isso que algumas organizações conseguem implementar um processo de inovação que seja eficiente e outras não. Além disso, tal transformação leva tempo. Não acredito em mudanças ao nascer do sol ou modelos “fast food”. Tudo tem um preço, um tempo de maturação, e a customização é um dos elementos que compõe a equação de sucesso.

Bem, estou certo que esta deve ser a realidade de muitos profissionais hoje em dia. Assim, lhe pergunto: você já ouviu falar em Design Thinking? Conhece o potencial desta abordagem para a inovação? Se a resposta para uma dessas perguntas foi “não” eu quero lhe fazer um convite.

Na próxima edição da Revista Mundo Project Management (MundoPM) de Abril & Maio de 2015 eu tive a oportunidade de escrever um artigo que explica os principais conceitos e modelos do Design Thinking. O objetivo do artigo não é esgotar todo o conhecimento sobre Design Thinking, nem convencê-lo de que está é a única solução para seus problemas de inovação. Desejo apenas oferecer uma visão sobre o tema e algumas das principais referências no assunto, as quais recomendo o aprofundamento e leitura.

O título do artigo é Design Thinking – uma poderosa ferramenta para projetos de inovação”. Escrevi este artigo com base em referências mundiais no assunto e busquei compartilhar um pouco do conhecimento e experiências que vivenciei trabalhando nos últimos dois anos nos EUA, e tendo a oportunidade de visitar empresas que têm a inovação como “alma do negócio” reconhecidas mundialmente.

Abaixo está uma figura que é explicada no artigo. Trata-se das três “lentes” do Design Thinking segundo a proposta da IDEO.

Figura_3lentes_DT_IDEO

O artigo está organizado em seis tópicos:

  • Definição do Design Thinking e um pouco de história
  • Por que o Design Thinking deve ser tratado como uma competência estratégica para as organizações
  • Uma visão geral do Design Thinking segundo a IDEO
  • O Design Thinking como é ensinado na d.school na Stanford University, USA.
  • Quando utilizar o Design Thinking
  • O que sua organização precisa para aplicar o Design Thinking

Além de conceituar e definir Design Thinking eu apresento alguns dos modelos utilizados por empresas e ensinados em escolas de reconhecimento mundial, e por fim deixo uma lista de referências para se aprofundarem no tema.

Espero que o artigo contribua para a compreensão de que o Design Thinking pode ser uma poderosa ferramenta para projetos de inovação, e mais, se bem aplicada e adaptada para seu contexto pode ser útil para resolver problemas e identificar ideias e soluções em diferentes tipos de projeto.

Será um prazer trocar ideias sobre este assunto e compartilhar conhecimentos e experiências!

Um grande abraço!

Até o próximo post.

Referência completa: CONFORTO, E.C. Design Thinking: Uma poderosa ferramenta para projetos de inovação. Revista Mundo Project Management, ano 11, no. 62, Abril/Maio, 2015.

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