Passamos por uma rápida implantação do Microsoft EPM na TMSA e a experiência sob aspecto técnico de configurações, customizações básicas, carga inicial de alguns projetos, entre outros foi bem positiva.

Durante o processo de homologação, nós nos encontramos com um bug frustrante, que retirava do uso uma das funções do EPM 2013 que víamos como novidade em relação a edições anteriores. No entanto, para este caso em particular, o Suporte Microsoft foi capaz de identificar, simular e indicar uma solução efetiva em um intervalo inferior a quatro dias.

Para o início da aplicação no ambiente corporativo, optamos por fazer o mínimo de customizações possíveis e com isso o tempo entre a assinatura dos serviços de implantação e o upload do primeiro cronograma oficial – já passado períodos de treinamento e homologação – foi de 90 dias.

Pretendo neste meu re-início de postagens no Blog da Mundo PM contar um pouco mais das experiências e aventuras de trabalhar com o EPM. Muitas empresas hoje têm a oportunidade de também começar a utilizar este recurso colaborativo sem grandes complicações para a área de TI através da contratação do serviço online (Office365). Aqui, no entanto, optamos pela implantação de nosso próprio servidor e esta decisão também será parte das futuras postagens.

Entre as experiências, vou falar de pontos fracos e fortes. Como muitos leitores me conhecem como representante do Spider Project (em alguns aspectos concorrente do MSP), vale aqui deixar claro alguns pontos sobre meu histórico com ambas as ferramentas e que com isso o leitor possa “avaliar” minha parcialidade/imparcialidade ao falar de cada ferramenta.

1. Sou usuário do MSP desde 1997, tendo convivido com ele em projetos de médio a grande porte, nas mais diversas áreas (TI, Engenharia, Fabricação, entre outros);
2. Minha primeira experiência com o Spider foi em 2005, em laboratório, recebendo treinamento e aplicando profissionalmente a partir de 2006;
3. Recebi treinamentos formais em ambas as ferramentas, sendo que para o Spider fiz um programa de especialização com o fabricante com mais de 400 horas;
4. Sou um dos 10 primeiros no mundo a obter a Certificação PMI-SP (Scheduling Professional) – o que deveria comprovar conhecimento teórico sobre o assunto para aplicação em qualquer ferramenta;
5. Detenho Certificação de Spider Project Specialist, mas não tenho certificações MSP em nenhuma de suas versões;
6. Como desenvolvedor auto-didata e micro-empreendedor, tenho uma Startup dentro do programa Bizspark da Microsoft, cuja proposta é o desenvolvimento de integrações entre soluções para gerenciamento de cronogramas (em especial EPM e MSP) e o motor de cálculo disponível no Spider para o nivelamento de recursos. Este ponto é particularmente interessante para identificarmos meu interesse comercial no desenvolvimento de ambas as ferramentas, já que contribuem para minha formação profissional e oferta de negócios (customizações, licenciamentos, treinamentos e consultorias);
7. Participo ativamente de grupos de discussão em ambas ferramentas, sendo que para o MSProject minha atuação é significativamente maior já que a comunidade de usuários e oferta de listas é superior;
8. Sou Adminstrador (com treinamento formal) no EPM para a TMSA, onde também sou responsável pela abertura e acompanhamento de solicitações de suporte à Microsoft;
9. Sou suporte (linha de frente) autorizado pela Spider, repassando à Rússia somente eventuais casos de maior complexidade ou necessidade de alteração do software;
10. Acredito que o MS-Project é uma excelente ferramenta para o desenvolvimento de colaboração em ambiente corporativo, mas tenho resistência a considerá-lo como uma ferramenta completa para a modelagem de cronogramas; por outro lado, reconheço o Spider como melhor motor de otimização de cronogramas (nivelamento) no mundo, mas reconheço sua completa falta de ergonomia para atender necessidades de usuários iniciantes/intermediários, sendo assim uma ferramenta com grande curva de aprendizado.

Uma vez conhecido um pouco do meu background (demais informações em http://peter.smello.email) aqui dou início a uma série de postagens sobre as vantagens, desvantagens, facilidades e dificuldades de operação de um Microsoft EPM – Project Server – Sharepoint 2013, em um ambiente que reúne projetos com a participação da Engenharia, Manufatura, Gestão de Terceiros e Montagem Externa. Projetos com valores entre R$ 1,5 milhões a R$ 100,0 milhões para o fornecimento de soluções em transporte de correias e outros equipamentos para portos, armazéns, minas, entre outros (www.tmsa.ind.br).

EPM – Ponto Forte N# 001 – Comunicação com a Alta Gerência

A ilustração abaixo representa um cronograma macro de um projeto relativamente complexo e com um razoável detalhamento (atividades e fases somando 5 a 6 níveis de detalhamento em geral) e cronogramas variando entre 1,500 a 4,000 atividades.

A existência de um Portal de Projetos onde podemos rapidamente selecionar um projeto por categorias e criar um resumo gráfico, dinâmico (de fácil atualização) e de expressiva representação para o compromisso de cada área é realmente um ponto notável do MSP EPM 2013.

Linha do Tempo no EPM – Drag-and-Drop e facilidade na customização (e Time-Out!)

EPM – Ponto Fraco N# 001 – Questões de usabilidade para o gráfico acima.

Ao subir o primeiro cronograma do MSP para o EPM, rapidamente verificamos as possibilidades de comunicação ampla e efetiva com membros do projeto através da Linha do Tempo e o destaque as principais fases de um projeto. Com isso, fiquei extremamente animado em percorrer as 2,500 linhas de um cronograma buscando identificar os principais itens que deveriam ser levados à interface ilustrada acima.  A função de drag-and-drop online parecia simplesmente perfeita.

Infelizmente, após 20 minutos trabalhando com os dados do projeto, o sistema simplesmente abriu uma janela de alerta com a informação de que já que eu não estava usando o sistema há vários minutos, eu deveria dar um OK para continuar.

Linha do Tempo no EPM – Drag-and-Drop e facilidade na customização (e Time-Out!)

Para a minha surpresa, todo o trabalho feito com “drag-and-drop” não só não foi considerado como atividade no cronograma aberto, mas também não foi salva. Para recriar a imagem, foi necessário encerrar o cronograma e reabrir novamente para – em etapas e constantemente clicando no botão de salvar – recomeçar o trabalho.

Em breve outras postagens sobre esta grande aventura.

Não tem ainda o EPM? Muito se pode fazer com o Sharepoint Foundation que é uma solução gratuita e que permite o uso de Gantt online em conjunto com o Microsoft Professional. Tenho um artigo sobre isso aqui no Blog da Mundo PM no endereço:

• http://blog.mundopm.com.br/2014/04/03/ms-project-professional-online-sem-o-project-server/

Mande suas sugestões, dúvidas e críticas para mundopm@peter.smello.email