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::: Blog MPM

GP Homem ou mulher e os desafios diante da Geração Y

16 11 2012

Comento aqui o que eu vejo como diferenças e diferenciais entre um gerente de projetos homem e um gerente de projetos mulher, e as minhas considerações sobre as qualificações que não podem faltar em quaisquer GPs, para garantir o sucesso dos projetos.

Assim como o mundo muda constantemente, os estilos de liderança também mudam. Embora existam diferenças na liderança, características de um homem e de uma mulher, elas precisam cada vez de mais atenção com a entrada da geração Y.

Em geral, a tendência sempre foi de as mulheres serem mais inspiradoras, se preocuparem mais com a interação social, serem mais diplomáticas. Os homens são mais diretos, objetivos e pragmáticos. Homens e mulheres possuem características próprias, que estão diretamente relacionadas ao seu gênero. Em geral é assim, mas não é regra e, portanto, considero que possam existir exceções. Principalmente com as mulheres, o que no passado foi qualificado como sexo frágil, passivo e dependente, foi se transformando em versatilidade, capacidade de administrar conflitos, persuasão, dentre outros. Ou seja, esta quebra de paradigmas, permitiu aumentar sua participação no mercado de trabalho, como, também, ocupar, cada vez mais, cargos de liderança.

Quando se trata de gestão de projetos, a posição exige a consciência da necessidade de fortes habilidades de liderança. Você GP está ciente disso?

Como todos já sabemos o PMBOK® coloca ênfase, cada vez mais, no desenvolvimento destas habilidades. Na nova versão, conforme o Adilson Pize comenta na sua matéria sobre as mudanças para a 5º Edição, o “PMBOK® destaca a importância do equilíbrio entre habilidades conceituais, éticas e interpessoais para um efetivo gerente de projetos. Além disto, volta a destacar em seu primeiro capítulo algumas das habilidades interpessoais consideradas importantes para um gerente de projetos: liderança, trabalho em equipe, motivação, comunicação, influência, tomada de decisão, consciências política e cultural, e negociação.”

Chiavenato (2004), no seu livro Gestão de Pessoas, descreve algumas competências necessárias relacionadas com o exercício da liderança:

  • Impulso ou motivação para perseguir objetivos;

  • motivação para liderar;

  • integridade, confiança e vontade de transformar palavras em ações;

  • autoconfiança para fazer os liderados sentirem-se confiantes;

  • inteligência, geralmente focada na habilidade de processar informação, analisar alternativas e descobrir oportunidades;

  • conhecimento do negócio, para que as ideias geradas ajudem a organização a sobreviver e a ser bem-sucedida;

  • inteligência emocional, com forte qualidade na sensibilidade às situações e na habilidade de adaptar-se às circunstâncias, quando necessário.

Outro tema relevante do PMBOK® é a incorporação da nova área de conhecimento, Gerenciamento das Partes Interessadas, e o uso da palavra “engajamento” nos processos de Gerenciar e Controlar. Como vamos conseguir engajar os stakeholders, se não temos as habilidades para isso?

A minha posição não é identificar quem é melhor líder, se o homem ou a mulher, mas, sim, alertar para começar a olhar este perfil interpessoal tanto quanto o perfil técnico, pois os conhecimentos deverão estar totalmente equilibrados.

Para um Gestor de Projetos é necessário possuir competências que o aproxime de suas equipes, que as motivem para poder trabalhar como um verdadeiro time, de forma complementar e equilibrada. Se pensarmos que nossas equipes estão formadas por jovens da Geração Y, nossos cuidados deverão ser ainda maiores.

Com a entrada da Geração Y e suas características, acostumada a tudo o que a geração X proporcionou-lhes, mesmo sem o esforço que os pais fizeram na vida para conquistar essas facilidades, são extremamente ansiosos, procuram resultados no curto prazo, não se apegam aos valores que serviram de referência para seus antecessores, sempre estão procurando novos desafios e precisam receber feedback com mais freqüência. Surpreendem com bons desempenhos no estudo, no trabalho ou no seu estilo de vida, enquanto escutam música e navegam nas redes sociais. Priorizam mais as conquistas, a realização e o reconhecimento à autonomia financeira. Não sabem lidar com o fracasso, buscam atalhos que facilitem sua trajetória, somente fazem aquilo que gostam e trocam de emprego com muita freqüência. Sentem-se totalmente confortáveis trabalhando com pessoas de qualquer lugar do mundo, sem bloqueios com relação ao idioma ou origem étnica. De fato estão influenciando a sociedade, pois pessoas de diferentes idades estão adotando comportamentos e atitudes próprios dos “Y”, até a minha avó quis entrar no Facebook!!

Saber motivar equipes da geração Y será um grande desafio, surgindo um novo conflito generalizado entre X e Y. Onde estará esse grande desafio do líder X com relação a suas equipes Y? O diferencial estará no desenvolvimento de novas habilidades. Nos próximos anos, estaremos presenciando uma nova revolução nas relações interpessoais, provocadas, principalmente, pelos paradoxos e pelas virtudes da geração de jovens que começa a dominar a sociedade, Oliveira (2012).

Obviamente, primeiro deverá conhecer melhor as características pessoais dos seus liderados “Y”, e entender algumas atitudes e preferências. Em função disso, é preciso elaborar um plano de desenvolvimento para preencher os gaps detectados e se orientar para saber lidar com esta nova geração.

Conclusões

A prática nos tem demonstrado que homens e mulheres têm características peculiares para a liderança de equipes na gestão de projetos, sejam elas definidas pelo gênero, competências, habilidades ou atitudes. Será necessária uma avaliação deste perfil, tanto em homens como em mulheres, para detectar as falências e procurar preencher estas lacunas. Treinamentos e/ou a assessoria de um mentor ou coach ajudarão no desenvolvimento de habilidades, para melhorar as relações interpessoais.

Sugiro aprofundar, também, no conhecimento da neurociência e na aplicação do sistema SCARF (status, certainly, autonomy, relatednes e fairness), status, segurança, autonomia, conexões e justiça, definido pelo David Rock como os cinco fatores motivacionais para a nova era. Permitirá conhecer uma nova orientação para ajudar na motivação das pessoas.

Está realmente preparado para lidar com a Geração Y?

Compartilhe conosco sua experiência para crescimento de todos!

::: Autor do post