Resolvendo problemas de gerenciamento de stakeholder utilizando uma abordagem de sistemas adaptativos a complexidade
Resumo:
Os responsáveis por grandes projetos complexos precisam atualmente lidar com uma gama cada vez mais articulada e de rápida diversificação de stakeholders, internos e externos, cuja frequência contraditória entre suas necessidades e opiniões precisa ser considerada e integrada a fim de alcançar o sucesso do projeto.
Gerentes de projetos complexos agora estão frequentemente sendo confrontados com contradições, paradoxos e problemas persistentes/ insolúveis (wicked problems) que ocorrem nas interseções das disciplinas, funções, visões de mundo e culturas. As ferramentas que lhes serviram bem no passado, mesmo que ainda necessárias, não são mais suficientes para lidar com este cenário, que é mais complexo do que nunca e muda em um ritmo cada vez mais acelerado.
A ciência da complexidade oferece uma nova abordagem promissora para a gestão de projetos complexos e lidar com questões de relacionamentos com as partes interessadas (stakeholders). A abordagem reconhece que os sistemas humanos são adaptáveis à complexidade e evoluem com o tempo como um resultado da interação das partes. Ao invés de produzir uma visão estática para os grandes projetos, capaz de ser totalmente conhecida antecipadamente e, portanto, “controlável”, a abordagem adaptativa à complexidade reconhece que tais sistemas são, por definição, emergentes. Eles evoluem e se transformam ao longo do tempo e podem ser influenciados de forma positiva para criar os resultados desejados. Isso representa uma mudança de perspectiva profunda e, às vezes, perturbadora, uma visão que, no entanto, está fornecendo uma ampla gama de soluções práticas para muitas das questões que colocavam os projetos e programas complexos fora de eixo, particularmente onde as partes interessadas (stakeholders) estavam presentes como causa.
Este artigo apresenta um Sistema Operacional Adaptativo Complexo (CAOS) uma abordagem desenvolvida pelos autores, e dá exemplos de como esta abordagem pode ser aplicada à gestão de stakeholders em uma variedade de configurações.
Publicado: MundoPM - Abr/Mai 2013
Pág. 8