Resumo:
Existem muitos desperdícios nas atividades de engenharia e no atual esforço empresarial americano em Pesquisa e Desenvolvimento (P&D), dos quais 40% são desperdícios puros (pure waste), 29% são desperdícios necessários (necessary waste) e 30% se referem ao desperdício com trocas de ferramentas e esperas (setup and waiting). A afirmação foi feita por Earll M. Murmann, professor emérito do Massachusetts Institute of Technology (MIT) durante o 46th AIAA – Aerospace Science Meeting, em janeiro de 2008. A indústria aeroespacial, usando conceitos da engenharia lean (simulação rápida, DFMA, DFSS, entre outros) e focando o conjunto do ciclo de vida dos produtos, reduziu 41% do tempo do ciclo de teste e 76% do custo de material em diversos projetos de desenvolvimento. O projeto do F-16, por exemplo, usando as mesmas técnicas de gestão do ciclo de vida, reduziu o número de etapas dos processos em 40%. Desafios e oportunidades se concentram na gestão do ciclo de vida do produto. Isso significa que desafios e oportunidades se concentram na gestão do ciclo de vida do produto. Ponto crítico para boa parte das empresas no Brasil, que frequentemente tratam os problemas de gerenciamento de projetos de forma isolada – mais por falta de uma verdadeira cultura de gerenciamento de projetos do que por falta de recursos! –, a gestão do ciclo de vida tem se destacado nos fóruns internacionais, sobretudo nas práticas do moderno gerenciamento de projetos de empresas norte-americanas e européias, como Airbus, PSA, Renault, Boeing, Bombardier, Dassault Systèmes, etc.

Autores: Daniele Mizukami Tanaka, Camila Mortari Udihara, Darli Rodrigues Vieira

Publicado: MundoPM - Fev/Mar 2009
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