Resumo:
O artigo apresenta um estudo sobre os possíveis motivos que originam a não incorporação do conceito de gestão do conhecimento na elaboração de contratos modalidade EPC (Engineering, Procurement, Construction), relacionados à gestão de projetos de petróleo e gás, no segmento off-shore, realizados no mercado nacional. Esse questionamento inicia na análise das diretrizes contratuais que norteiam os referidos contratos, em que se constata a ausência de requisitos e exigências repassadas aos contratados contendo a incorporação e aplicação de conceitos relacionados à gestão do conhecimento. A constante e reconhecida evolução técnica e científica do segmento de petróleo e gás em águas profundas – que prima pela competitividade e constante inovação de valores – naturalmente deveria agregar e incorporar as melhores práticas de gestão relacionadas não somente em sua especificidade técnica, como também em constante sintonia e vigilância aos movimentos que agreguem outros conceitos de reconhecida e relevada importância ao processo. Neste cenário, se identifica a ausência de conceitos e aspectos aplicáveis da gestão do conhecimento. Explorar e identificar os prováveis aspectos que justifiquem essa posição por parte das companhias de petróleo no mercado nacional constitui o principal desafio deste artigo. Como resultado, identifica-se num primeiro momento que a comprovada distância dos gestores de contratos ao conceito de gestão do conhecimento e a ausência de requisitos exigíveis nas diretrizes contratuais relacionados a esses conceitos fundamentam a não incorporação dos mesmos nos projetos de petróleo e gás.

Autor: Manoel Franklin de Sá

Publicado: MundoPM - Dez/2009 Jan/2010
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