Resumo:
O trabalho discute uma proposta de mudança na cultura de gerenciamento de projetos nas indústrias, partindo do modelo reducionista, hoje muito utilizado, para um modelo sistêmico e holístico em que os projetos deixam de fazer parte de um processo isolado, com início, meio e fim, e passam a integrar a área de Gestão de Ativos da organização, entregando benefícios, confiabilidade, sustentabilidade e gerando valor para a empresa. Ocorre que o nível de confiabilidade dos equipamentos nasce não quando da entrega destes ao final do projeto, mas sim na fase de especificação técnica, antes mesmo de o projeto tomar corpo, de ser emitido o Termo de Abertura do Projeto. O mesmo pode ser dito da sustentabilidade. Muitos projetos, após a entrega, apresentam algum problema relacionado a realização de benefícios e retorno de investimento, enquanto que, de acordo com PM Survey 2013, 27% apontam os problemas de comunicação, escopo não definido adequadamente, não cumprimento de prazos, mudanças constantes de escopo, como as principais causas dessa dificuldade. Ou seja, futuro problema para a gestão do novo ativo. No desenvolvimento do trabalho serão considerados alguns aspectos do Guia PMBOK, quinta edição, da norma NBR ISO 21500, da metodologia PRINCE2, referentes à gestão de projetos, e da norma NBR ISO 55000, de gestão de ativos. E ao final será discutida a integração das áreas de projetos e gestão de ativos, com a proposta de incorporação num sistema de gestão de ativos na organização. A base do estudo está relacionada à limitação temporal do projeto, conforme preconiza o Guia PMBOK, e os perigos que podem ocorrer com o entendimento incorreto dessa limitação, a busca constante pela competitividade e a sustentabilidade das organizações, bem como as inovações introduzidas no mercado com a metodologia da gestão de ativos.

Palavras-chave:
Confiabilidade, Planejamento, Gestão de Projetos, Gestão de Ativos.

Autores: Daniel Lyra Rodrigues, João Carlos Mosquim

Publicado: MundoPM - Ago/Set 2016
Pág. 44